Carrasco do sul Por Gustavo Machado

Matéria: Gustavo Machado Fotos: Gustavo Machado, Tainá Oliveira e arquivo pessoal Surfista amador natural de Porto Alegre, aos 24 anos, Rodrigo Petters, mais conhecido como “Carrasco” é figura conhecida na cena surf no sul do país. Sempre nas finais dos campeonatos em que corre é um dos responsáveis por elevar o nível de surf nas competições do RS. Morador de Florianópolis tivemos o prazer de conversar com ele durante a sua passagem pelo estado. OS - Faça um resumo da sua história. RP - Sou natural de Porto Alegre, porém antes de fazer um ano de idade fui morar com minha família no litoral norte do RS, mais exatamente no Balneário Quintão. Minha mãe queria que eu tivesse uma vida saudável e mais contato com a natureza. Morei lá até os 17 anos e agora estou radicado em Florianópolis em SC. OS - Quando e como começou sua relação com o surf? RP - Minha mãe fala que com três anos de idade eu peguei um pedaço de madeira da cerca de casa e falei que iria Surfar (risos). Corria atrás dos surfistas quando passavam em frente de casa, aos seis anos ganhei a minha primeira prancha. Hoje surfo há 17 anos e sou atleta patrocinado pela Santo Sangre Surfboards. Mas a minha relação com Surf vai muito, além disto, é amor mesmo. OS - É possível viver do surf amador no Brasil? RP – É muito difícil um atleta amador hoje em dia viver somente do Surf, trabalho com Drywall (gesso acartonado) o que limita bastante meu tempo para surfar. Não consigo surfar diariamente, mas sempre que tenho um tempo estou na água. Porém tem o lado positivo disso que é economizar dinheiro com academia para ficar em forma (risos). OS - Você participa de muitos eventos amadores no sul do país. Qual a sua opinião sobre suas participações? RP - Já perdi muitos campeonatos. Mas como falava o Andy Irons é perdendo que se ganha, hoje me sinto mais preparado e no tempo certo os resultados vem aparecendo. OS - Existe alguma rotina de treinos ou preparação sua para campeonatos? RP - Meu preparo físico vem do gesso mesmo surfo em todas as brechas que o trabalho me da, acredito que pilates, vídeos, treino funcional ajudam muito no desempenho, mas o mais importante é morar na praia e surfar o maximo que puder. OS - Você já viveu alguma situação inusitada ou de risco no mar? RP – Sim, foi no Quintão surfando 3 metros de onda no outside. Arrebentou minha cordinha e perdi a Prancha, eu não sabia nadar muito bem, mas esse dia fui obrigado a aprender! (risos). OS - Qual você considera ser sua maior conquista no surf? RP - Com certeza são as amizades, os títulos o tempo apaga. Já as amizades ficam pra Sempre. OS - Em sua opinião o que exatamente falta para melhorar o nível do surf no nosso estado? RP - Estamos vendo uma nova geração crescendo e já sabendo das dificuldades que é ser surfista profissional, com certeza é por falta de patrocínios, não é? Sinceramente não sei os motivos, mas temos evidencias de que tem algo errado. Raoni Monteiro, Jaqueline Silva, e não vou nem citar no RS quantos talentos de nível mundial nós temos sem condições de representar nosso país. OS - Quais são seus planos para o futuro? RP – O coração do homem pode ate fazer planos para o futuro, mas a resposta certa vem dos lábios de Deus. Mas de noite Sonho direto com Peru e Indonésia (risos). Acho que tudo que realmente, de coração, acredi tarmos acontece!

OS - Deixe uma mensagem e agradecimentos. RP - Surfar é se adequar a todos os tipos de situações, nunca sabemos como realmente o mar vai estar. Assim como nunca sabemos o dia de amanhã, então vivamos intensamente o hoje, de preferência surfando até cansar, agradeço a Deus que faz tudo por nós! Agradeço a Santo Sangre Surfboard pela oportunidade de trampar com Surf e agradeço pela vibe da conversa Gustavo. . - See more at: http://www.ondasdosul.com.br/materia.php?titulo=Carrasco+do+sul+Por+Gustavo+Machado#sthash.AjkqxgxL.dpuf